sábado, 10 de agosto de 2013

Rapidinha - Breve história do Vinho XVI


Depois da queda, Carlos Magno!

 
Ok, o mundo do vinho tomou o maior susto com a queda do Império isso lá é verdade, mas seria injustiça responsabilizar a falta de “sensibilidade” e “fineza” dos invasores bárbaros com único fator preponderante das dificuldades que estavam por acontecer.
Registros da época mostram que os novos donos da Europa,  godos, visigodos, vikings,....normandos, etc,  não só tentaram preservar os vinhedos bem como em algumas situações até incentivaram o crescimento, espertos  esses tal de bárbaros!
Acho que coisa pode ser melhor explicada pela fragmentação do poder em lugar de um império uno.
Estamos falando de um período rico em guerras, invasões e conquistas aconteciam quase todos os dias, o poder pela dominação era a síntese do início da baixa Idade Média.
A cultura do vinho em todos os seus sentidos, do plantio ao consumo, da veneração ao simples comércio, sentia profundamente a falta de governo ou o excesso dele, uma característica da época.
Falta de governo atinge a tudo e a todos, disso nós sabemos bem, inclusive o vinho!
A luz que iluminou as “Trevas” veio com Carlos Magno, e seu Império Carolíngio.
A era carolíngia teve início com o rei franco Pepino o Breve, pai de Carlos Magno, Pepino estabeleceu em Aachen na Alemanha um reino unido e decididamente cristão, dois fatores importantes para a manutenção e o desenvolvimento dos vinhedos e do vinho em si.
O pragmático e conquistador Carlos Magno acrescentou toda Alemanha aos domínios francos ao dominar os saxões, transpôs os Alpes e anexou a Lombardia e Roma, cruzou os Pirineus e chegou até a Espanha onde enfrentou os mouros, Magno foi coroado pelo papa em 800 d.C, imperador do “Sacro Império Romano Germânico”
Entre verdades e lendas, algumas histórias envolvendo Carlos Magno estão relacionadas ao vinho, a criação dos primeiros vinhedos do Rheingau  (riesling!), as colinas de Corton na Borgonha onde teria mandado plantar uvas brancas ao invés de tintas para não sujar suas barbas!, isso pode ser história, mas o grande vinho Corton-Charlemagne certamente não é, ele está lá até hoje para provar isso.
Enfim podemos afirmar que, a cultura do vinho sobreviveu aos tempos difíceis da Idade Média em parte graças a Carlos Magno.

“Nunc est bibendum”, obrigado grande Imperador.
Até breve, Bacco a seu dispor

 Ref : Hugh Johnson, Rod Phillips........

 

 

 

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