domingo, 28 de agosto de 2011

Uma Saga Brasileira - Século XX


“Caminhante não há caminho, se faz caminho ao andar”
Antonio Machado – poeta espanhol 1875-1939

Depois de 400 anos de muitas idas e vindas, sem chegar a praticamente lugar nenhum, o nosso vinho começou a andar e assim fazer o seu caminho, do conhecido jeitinho brasileiro naturalmente!
Por volta de 1910 com a ajuda do governo os pequenos produtores começaram a ser organizar em cooperativas, estes queriam progredir, o governo começar a cobrar tributos!
Dois anos depois eram mais de 30 cooperativas, nasce então a pomposa “Federação das Cooperativas do Rio Grande do Sul”
Nasce e morre sem dizer para o que veio, e os produtores se dispersam novamente, cada um assumindo para si a responsabilidade de ser ele a salvação da lavoura.
O “vinho da colônia” espalhava todo seu charme, o famoso garrafão (5.lts) de vinho de mesa, feito com uvas americanas Isabel (foto ao lado ) era quem dava as cartas no mercado.
As cooperativas voltaram mais uma vez, algumas existem até hoje, a Aurora é uma das mais conhecidas, uma das maiores, e dona do Sangue de Boi.
Ainda hoje apesar de também produzir vinhos finos, vem do vinho de garrafão a parte mais expressiva do faturamento da Aurora, assim como de muitas outras cooperativas do sul.
Só o Brasil produz vinhos a partir de uvas rústicas americanas não viníferas, na Europa é proibido por lei!
Acontece que por aqui, para a maioria dos vinhateiros gaúchos, é este o vinho que compõe a base dos seus negócios, mais que isso, da sua sobrevivência. Dá para proibir sem oferecer uma alternativa?
Nos anos 50 “chique no último” eram os varietais da Granja União, e o brasileiro, até mesmo sem perceber, aprendia a pedir um Cabernet Franc, um Merlot, um Riesling Itálico, vinhos consumidos em ambientes sofisticados, mas sem incomodar a liderança do Sangue de Boi da Aurora e outros populares menos votados.
Então apareceu o marketing e viva ! sua primeira ação foi inventar nomes estrangeiros, Château Duvalier,Clos de Nobles, Conde Foucauld, Katzwein, Château D’Argent....., já a qualidade!?
Nos anos 70 o cenário era o seguinte : vinho de mesa ordinário consumido sem preocupação alguma, cooperativas voltadas mais para a produtividade e menos para a qualidade, e o grandes grupos internacionais chegando com as mesmas intenções,..Heublein, Seagran, Almadén,.... etc. Triste, muito triste.
De qualquer forma, para o bem ou para o mal, foram os investimentos destes grandes grupos, os responsáveis por mais uma onda de otimismo no setor, levando alguns corajosos empreendedores a acreditarem que o “vinho fino moderno” poderia ser a nova base da industria vinícola brasileira, em detrimento do velho, querido, mas ordinário “vinho de garrafão”
E é assim que começamos um novo século, o XXI, o século da esperança, Miolo, Salton, Pizzato,Valduga, e muitos outros, estão aí para concretizá-la.
Para quem já esperou 500 anos, porque não acreditar!
“Nunc est bibendum”, até o século XXI
Bacco a seu dispor..............................

Thanks, Viotti,Adega,.......

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Uma Saga Brasileira !



Salve Cabral, 500 anos de história........
Isso já foi dito antes, “é mais difícil falar sobre o vinho brasileiro do que qualquer outro, de qualquer nacionalidade”
Eu mesmo confesso que tenho sentimentos contraditórios, e uma percepção difusa sobre eles.
Às vezes elogio, às vezes critico, quase sempre acho caro.
Este aparente paradoxo pode até ter nome e sobrenome : “puro preconceito”, sei lá ? será ? quem vai saber?
A imagem do vinho brasileiro perante seus próprios apreciadores não é boa, é ruim, e não sei se os produtores concordam com isso, aí pode morar o perigo.
Apesar do salto de qualidade do produto nos últimos anos, parece que o marketing do setor ainda não resolveu a questão.
O vinho brasileiro nunca foi tão bom quanto é hoje,e isso é fato.
E a tendência continua positiva, e isso é bom.
Mas o caminho a ser percorrido até um imprescindível novo patamar de reconhecimento é longo, muito longo, e cheio de obstáculos, é preciso muito cuidado, muita dedicação, muita atitude, coragem,...etc,etc, quer uma “canjinha”?
Cabral em 1500 trouxe o vinho com ele, ofereceu aos nossos índios antes mesmo de desembarcar, estes não gostaram nem um pouco, preferiam o seu à base de mandioca , mastigada pelas virgens da tribo. ( o cauim )
Martin Afonso em 1532 trouxe viníferas da ilha da Madeira, junto veio Brás Cubas, viticultor no Douro, Cubas fundou Santos e o primeiro vinhedo plantado alí mesmo no úmido e quente litoral, primeiro de muitos fracassos.
Cubas atravessou a serra e tentou de novo em São Paulo, não deu outra, fracasso novamente.
Com a descoberta do ouro por volta de 1720, não sobrou um só cidadão interessado em cultivar uvas, e a coisa parou de vez.
Sobraram os jesuítas que precisavam do vinho para a liturgia, e no sul do país eles até que tinham algum sucesso, muito pouco.
E aí veio a Coroa e proibiu a Colônia de produzir qualquer coisa que não fosse para atender as necessidades da metrópole (1785),e o vinho com certeza não era uma delas.
Este decreto foi assinado por D.Maria I, “A rainha Louca” !!
Nesta época todo vinho do Porto que os ingleses não conseguiam consumir, vinha para o Brasil, querendo ou não !
Para vermos alguma luz no fim do túnel, tivemos que esperar pela independência do Brasil (1822 certo !)
Fora alguns poucos vinhedos de uva “Isabel” em São Paulo, nada aconteceu até a chegada dos imigrantes italianos por volta de 1870!
Estes trouxeram mais do que vinhas, trouxeram a cultura do vinho como alimento, como parte das suas refeições diárias, o caminho estava aberto novamente.
Quatro séculos, 400 anos haviam se passado e nós estávamos apenas recomeçando, do zero! Que Saga!
Acho que podemos dizer que a “indústria vinícola brasileira” como nós a conhecemos hoje, nasceu com estes bravos italianos do Vêneto, da Lombardia e do Trento.
Eles se dividiram entre a região de São Paulo, mais uma vez!,e graças ao bom Deus a Serra Gaúcha (ufa!).
E diga se de passagem, compraram e não ganharam as terras para serem cultivadas ( não havia o MST nesta época ), e pasmem, não eram as melhores, estas já estavam com os alemães que haviam chegado lá pelas bandas do sul alguns anos antes.
Para piorar, as finas e delicadas viníferas européias saudosas do seu clima nativo, simplesmente negaram fogo.
Antes de bater o desespero de não haver vinhos para preencher a alegria dos corações dos imigrantes, lá vem os alemães novamente e apresentam aos desesperados italianos a uva americana Isabel, perfeitamente adaptada, robusta, e produtiva, a verdadeira salvação da lavoura.
Nascia o “vinho da colônia”, suave, docinho, gosto de uva, ....morando até hoje no coração dos gaúchos, maiores consumidores de vinho do Brasil.
É companheiro, o vinho de Isabel ( e de Niágara, Catawba, Concord, Bordô,Bonarda.....) foi e ainda é o responsável pela existência da cultura do vinho entre nós, este é o seu grande legado.
Outra vez, que Saga !, me aguardem, eu volto logo para a segunda parte.
“Nunc est bibendum”, um Sangue de Boi per favore..
Bacco a seu dispor................

Thanks, novamente Viotti.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dão;Bairrada;Setúbal;Tejo;Lisboa;pá!!!


“Sei que há léguas a nos separar, tanto mar, tanto mar.....
Sei também como é preciso, pá, navegar, navegar......
Canta a primavera, pá, cá estou carente...........
manda novamente algum cheirinho de alecrim”

“Tanto Mar” – Chico Buarque de Holanda – 1975

Conforme prometido domingo passado, de volta ao nosso passeio pelas regiões vinícolas de Portugal, avante !
Este país pequeno em território, mas com um vasto repertório de uvas e vinhos, e regiões únicas, cada qual com suas características próprias, pá.
Dão, é região, das mais tradicionais de Portugal, e de bons vinhos também, por aqui já foi sinônimo de vinho português, vamos abrir um Dão, saudoso Dão Grão Vasco, é o patrício emigrante com saudades da terrinha e dos amigos de além mar!
A segunda região mais antiga do país já esteve melhor na foto, quando os muitos pequenos viticultores se reuniram em cooperativas, o foco foi para a quantidade, e a qualidade foi para o “beléleu”
Porém as coisas por lá estão mudando, assim como em todo Portugal, empresas e produtores privados estão assumindo a responsabilidade de trazer de volta a qualidade para os vinhos do Dão, potencial é que não falta, solo e clima de primeira linha.
Os melhores tintos têm Touriga Nacional (nascida no Dão) e Alfrocheiro na composição, os melhores brancos são de Encruzado, entre os melhores brancos lusitanos.
Se você cruzar com um tinto elaborado com uvas Jaen, arrisque, pode ser uma boa surpresa.
Estando no Dão, visite a Universidade de Coimbra.
Bairrada, o nome vem de barro mesmo, só demarcada em 1979, é considerada por alguns patrícios a mais portuguesa das regiões vinícolas do país, uns enxergam aqui uma vantagem, outros não,pá.
Bairrada me lembra pato, não o próprio, mas o Luís e sua filha Filipa Pato, produtores excepcionais, guerreiros indomáveis, Luís é o guardião da Baga, uma uva com potencial de trazer muita luz para a região e o país, mas é preciso estar de olhos abertos para tal.
É na Bairrada que o Mateus Rosé é produzido, mas pode esquecer essa. É a terra dos espumantes também, bons espumantes.
Estando lá, peça um tinto de Baga para acompanhar seu imperdível “leitão da Bairrada”.(que tal um Luis Pato Vinhas Velhas 2007 – 100% Baga, ou um Felipa Pato Ensaios 2009)
Península de Setúbal, região do famoso e muito, mas muito doce Moscatel de Setúbal, único a fazer bonito frente aos “beijos de freira”, “papos de anjo”, “orelhas de abade”, “ovos moles”, “baba de camelo”, “arrufadas” ...etc, todos à base de ovos, todos muitíssimos doces, todos representantes da chamada doçaria conventual portuguesa (as freiras sabiam o que estavam fazendo, e bebendo, pá ).
O Moscatel de Setúbal é primo do Porto e do Madeira, e só é menos conhecido do que o primeiro, porque os ingleses não foram até o sul de Portugal.
Além do Moscatel, experimente um vinho da Bacalhôa Vinhos, a que melhor domina castas francesas em terras lusitanas.
Se a Bairrada tem o Mateus Rosé, Setúbal não fica atrás, tem o Periquita ! bem conhecido por aqui, né não ?
Tejo é o novo nome da região antigamente conhecida como Ribatejo . Vinhos do Tejo, ficou bonito, ganhou nome de rio famoso (olha as aulas de História aí ), marketing de qualidade, agora então vamos beber para conferir a quantas anda a qualidade dos seus vinhos, é o que interessa ao final das contas.
Vinhos de Lisboa, outra mudança esperta, Estremadura o nome antigo não ajudava muito ajudava ?
Mas aqui já temos o que elogiar, tem os vinhos da Quinta do Monte d’Oiro e os da Quinta da Chocapalha, ambos charmosos e elegantes.
É a região lusa que mais sofre influência de castas estrangeiras, razão para cortes curiosos entre uvas francesas e portuguesas, sem igual .
Agora sim companheiro, nosso passeio por Portugal está terminando, espero que eu tenha pelo menos incentivado você a dar mais atenção aos vinhos da terrinha, pá.
Coincidência ou não, desde começamos este passeio com “Coração Lusitano” no final de Maio, Portugal , sua cultura, seus vinhos, suas qualidades, são os líderes de audiência nas nossas revistas especializadas, e em muitos enoblogs, parece que eu não estava enganado !
Qualquer dia destes eu volto, só para falar do menosprezado Madeira
Vou embora mais deixo aqui duas dicas daqueles vinhos que alguns chamam “vinho de batalha”, vinho do dia a dia, outros de “bom & barato”, outros ainda de “custo & benefício”, que seja, lá vai, Rapariga da Quinta, e o Monte Velho, ambos 2008, dois alentejanos da gema !

“Nunc est bibendum”, tchau!
Bacco a seu dispor...............

Thanks : Viotti............

domingo, 14 de agosto de 2011

Até breve Portugal!


“ao gozo segue a dor, e o gozo a esta
Ora o vinho bebemos porque é festa
Ora o vinho bebemos porque há dor
Mas de um e de outro vinho nada resta”

Fernando Pessoa

De volta a Portugal para dizer até breve......mas já com saudades.
Depois do Douro (os dois), Vinhos Verdes , Alentejo, e antes do Dão, Bairrada, Setúbal, e demais regiões, quero falar um pouco sobre o sentimento que se instalou em mim sobre o Portugal dos dias de hoje.
Neste meu retiro lusitano, lendo, estudando, conhecendo, e bebendo seus vinhos, de alguma forma cheguei muito mais perto de Portugal agora do que naqueles tempos idos, onde tínhamos que aprender sobre o país e seus personagens, do descobrimento à proclamação da república, nas intermináveis aulas de História da professora Januária ( saudades da Janú ).
Conheci Cabral, Caminha, Cubas, o Brás, o Infante, o Anhanguera, a dupla Nóbrega e Anchieta, Afonso de Souza, o Martin, D. João, a louca D.Maria, os Pedros, Isabel e seu Conde, o velho Bonifácio, e tantos outros, sem adquirir o devido respeito ou admiração por qualquer um deles, ou pela sua trajetória. ( mea culpa !?)
Quantas vezes me peguei torcendo pelos holandeses.
Passados quase meio século daqueles dias de colégio Olavo Bilac (salve prof. Everardo), este meu nascente interesse pelo mundo do vinho e tudo mais que ele agrega, colocou Portugal ,os portugueses, e uma parte das suas tradições e cultura no meu caminho novamente.
E junto com esta experiência um sentimento gostoso de admiração (até então inédita), ungido pelo esforço conjunto de uma nação para colocar a marca Portugal em evidência, numa clara intenção de se mostrar para o mundo como um país produtor de vinhos de qualidade. (.....“Wines of Portugal, uma iniciativa de 75 milhões de euros para promover o vinho nacional fora do espaço comunitário,.......)Repetindo a “wine master” Jancis Robinson, o mundo do vinho de hoje é muito mais do que história e tradição, as pessoas bebem só o que gostam, só pagam pelo que realmente acham que vale, e exigem qualidade, e me parece que nossos patrícios estão atentos para isso.
O vinho europeu de melhor relação qualidade preço vem de Portugal.
Para mim em especial, o prazer que sinto hoje ao beber um vinho português extrapola sua qualidade intrínseca, ele vem carregado de um sentimento diferente, de uma emoção nova de estar (re) descobrindo quem justamente nos descobriu, são nossos profundos e históricos laços culturais aflorando de uma maneira distinta, uma admiração emotiva que me enche a alma.
Bacco, e o Dão, Bairrada, Setubal, Tejo, como é que fica ?
Paciência, vai ter que ficar para a próxima, são muitas as emoções ( epa! )
“A emoção da admiração é a base do nosso desenvolvimento como pessoa” – de uma psicóloga que admiro muito
“Nunc est bibendum”
Bacco a seu dispor...........................

Thanks : (saudoso) Sergio de Paula Santos,Jancis,....Táta (!)

domingo, 7 de agosto de 2011

FATOR SAÚDE-( Reloaded)




saúde,cheers,santé,prost,salud,evviva..........!

Mesmo que não houvesse uma única pesquisa sequer sobre a relação do vinho com a nossa saúde, e há muitas acredite, ainda assim eu encontro mil razões para tal.
Você quer coisa melhor para a sua saúde do que a presença constante da boa companhia, a proximidade com aquela velha e eterna amizade, o ritual da confraternização, o jantarzinho a dois à luz de velas, a ida àquele restaurante fantástico, a comemoração com quem amamos, ou pela boa surpresa que não esperávamos, o sossego do leão, aquele momento só seu, você consigo mesmo, (não confunda com solidão por favor), aquela leveza da alma, aquela risada gostosa, uma mais que provável contribuição da segunda taça !.......
Todos estes são momentos de felicidade, uma saudável felicidade, e em muitos deles, a bebida, o vinho em especial, está lá emprestando sua agradável companhia, presente, não onipresente, já falei isso antes.
Preste atenção, em que situação um bom vinho vem à sua mente, e com que pretexto ele se insere no cenário desenhado por você, qual o papel que cabe a ele ? Captou?
Ok, antes de voltar para o início deste texto e para as tais pesquisas, veja o que o vinho tem e que faz parte da nossa dieta normal, água, açúcares, vitaminas, B1,B2,B6,B12, A,e C, mais potássio, cálcio, fósforo, zinco..etc e claro álcool etílico, portanto não esqueça nunca a moderação.
Embora o vinho não costuma ser a bebida de referência da imensa maioria dos alcoólatras, “take care yourself”
Aliás, vinho e moderação andam juntos há muito tempo , em todo o mundo apreciador da bebida, o consumo “per capita” nas últimas décadas caiu pela metade, a famosa troca do muito pelo só apenas o bom
O provador de vinho prima pela busca da qualidade em detrimento da quantidade, aliás uma característica inerente aos bons bebedores de vinho !
E as pesquisas Bacco??, ok,ok, elas estão aí, e a medida que estes estudos vão sendo realizados por cientistas de todo o mundo, o vinho vai subindo na consideração médica.
Hoje a classe médica acredita que o vinho quando consumido moderadamente é benéfico à saúde,ele atua como ansiolítico, como vaso-supressor,como diluente do mau colesterol e combate os radicais livres.
Tem mais, os tais “polifenóis do vinho” protegem o coração, o fígado, e podem ajudar no combate ao Alzheimer ( eu particularmente nunca esqueço de tomar a minha taça !)
Acha que acaba por aqui, então segura essa, o “Journal Sexual Medicine” publicou recentemente um estudo italiano que aponta o maior libido sexual nas mulheres que bebem vinho regularmente . Participaram do estudo cerca de 800 mulheres italianas entre 18 e 60! A região pesquisada foi a de Florença e o vinho de referência o Chianti, claro. ( bom vinho por sinal ! )
Satisfeito com essa companheiro, então abra sua garrafa e “viva as italianas”!

“Nunc est bibendum”, um Chianti per favore !
Bacco a seu dispor

Thanks : José Ivan Santos, Revista de Vinhos, blog: Bebideria – Tragos e Causos

Obs : esta belezura de cerejeira está em frente à minha varanda, lá embaixo na pracinha, qualidade de vida companheiro...................
Obs : Postado originalmente em Ago/2011