quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Uma Saga Brasileira - Séc-XXI


“Desde Getúlio que não temos um presidente da República que goste de vinho – de cachaça tivemos um monte”

Entramos no século XXI, podemos dizer que a indústria esta aí, pronta, o país vai bem obrigado, o consumo de vinho entre nós já é mais do que modismo, é prazer, quase hábito, mas ainda estamos longe do necessário reconhecimento interno e externo.
É elogiável o que conseguimos nos últimos anos, até bons vinhos nós já temos, o desafio agora é conquistar o Mercado, é seduzir o Cliente, o duro é que o brasileiro acha que já nasce sabendo como fazer isso.............é mole?
Nós já bebemos tanto vinho quanto o Cazaquistão e o Usbequistão, e já ultrapassamos o Quirguistão e o Azerbaidjão, e vamos em busca da Bósnia, da Armênia e do Paraguai!
Dá para sentir o tamanho do desafio?!
“A união faz a força”, ok, legal, funciona em muitos casos, mas dá uma olhadinha nisso : Afavin, Agavi, Aprobelo, Apromontes, Aprovale, Asprovinho, Aviga, Embrapa - Uva&Vinho, Fecovinho, Ibravin,Uvibra...............ufa!, só na Serra Gaúcha, uau!
A visão de “associatividade” até pode ser útil para estabelecer uma estratégia de mercado forte e objetiva, e nós precisamos disso, mas o exagero pode gerar perda de foco (ou bagunça mesmo)
Neste momento é bom lembrar quem de fato é a concorrência, os hermanos com seus malbecs, os chilenos com sua carmenere, os uruguaios com sua tannat, os australianos com seus shiraz, os europeus com todos estes e muito mais, enfim, certo?
E o preço companheiro, o vinho nacional é caro “prá-chuchú”!
Ok, temos os tributos, a carga é grande mesmo, neste caso nas próximas eleições vote em alguém que goste de vinho...
Um político americano trabalhando pela indicação do seu partido para ser o oponente do Obama no ano que vem, colocou em destaque no currículo, “ quando jovem foi animador de torcida”, grande atributo para uma presidência concorda ? que tal nosso candidato declarar-se um “enoblogueiro apaixonado”,pode dar voto!
A sério, tem também a questão do “quanto você está disposto a pagar pelo produto”, e se o custo & benefício for interessante, se o preço & qualidade for transparente, se a oferta for grande, se você se sente respeitado pelos produtores, se seus amigos estão comprando (e bebendo claro), aí você também chega lá.
A hora é essa, tem mais grana circulando, mais gente preparada para o consumo em geral, mais gente interessada no vinho, mais gente pronta para vencer o preconceito, desde é claro que os bons vinhos que estão chegando, mantenham (e até melhorem) a sua qualidade, isso é imprescindível,imperativo,obrigatório, ok?
Governo, entidades, cooperativas, produtores, distribuidores, pontos de venda, marqueteiros, críticos, sommeliers, cada um destes tem suas responsabilidades específicas no sucesso ou não do vinho nacional, quanto a nós a tarefa é mais fácil, é só beber!
Aproveitando a oportunidade, estes são alguns tintos nacionais que gosto e bebo : Salton Talento, Quinta do Seival Castas Portuguesas, Lote 43, Joaquim, Miolo Merlot Terroir, Salton Desejo Merlot, Pizzato Merlot, Quinta da Neve Cabernet Sauvignon.
Quebrando preconceitos dois vinhos de uma cooperativa, o Aurora Reserva Merlot e o Aurora Millésime Cabernet Sauvignon

"Nunc est bibendum", inspire-se na foto ao lado.......
Bacco a seu dispor

Thanks : Cabral (citação inicial), Viotti, Adega, Wine, Atlas Mundial,...........

Nenhum comentário:

Postar um comentário