sábado, 25 de junho de 2011

O OUTRO DOURO....



Muito além do Porto, Douro DOC !
O Porto foi, é, e sempre será o vinho mais emblemático de Portugal, e na minha modesta opinião, todos nós deveríamos explorar melhor suas qualidades e suas potencialidades.
Você se lembra da minha sugestão ? Já comprou seu LBV?
Mas a verdade é que não dá para deixar só para ele o Porto, a responsabilidade de manter Portugal em uma posição de reconhecimento e prestígio mundial no atraente e complexo mundo do vinho, uma nova digamos “vocação” precisaria ser colocada em prática.
Os próprios patrícios já reconheceram isso há algum tempo, e especificamente no Douro já é possível encontrar iniciativas concretas, voltadas para a melhoria da qualidade do “vinho de mesa” português (é assim que eles chamam por lá os vinhos não fortificados)
Uma delas diz respeito aos “Douro Boys”, a iniciativa é brilhante, o marketing é inteligente, mas não gosto muito da denominação, me lembra o “Sunset Boys”, uma bandinha fajuta de rock, pop, sei lá o que, que eu dividia com mais 4 amigos de juventude , nos incomparáveis anos 60 ! (Douglas, Tatá, Cunhado, Gerardinho, amigos, peço desculpas pelo “fajuta”, assumo total responsabilidade pelo julgamento )
Bem voltando para os Boys, os do Douro, este um grupo de 5 jovens dinâmicos, com uma visão moderna de negócios, que decidiram unir suas “Quintas” no objetivo comum de promover a qualidade dos seus vinhos,... e estão conseguindo , com a vantagem de levar o sucesso alcançado para todo o Douro, a casa do Porto, não é pouca coisa.....
Começar a apreciar os vinhos de mesa do Douro por estas Quintas , é como seguir uma rota de Portos seguros ( péssimo trocadilho, assumo esta também, sorry ! )
São elas, Quinta do Crasto, Quinta do Vale Meão, Quinta do Vale Dna Maria, Quinta do Vallado, e Niepoort (Quinta de Nápoles e Quinta do Carril )
Um “terroir” que impõe diversos sacrifícios climáticos (solo e clima ) para suas vinhas ( uma virtude ), é capaz de oferecer ao produtor competente, a possibilidade de se produzir vinhos escuros, densos, complexos, encorpados, longevos, de presença marcante.... um presente para o nosso paladar,sempre em franco progresso eu espero...(alguém se lembra do Chateau Duvalier, o máximo !)
A melhor forma de apurar o paladar é experimentar, diversificar, e beber sempre é claro (com alguma moderação, por favor)
Não fique intimidado pelo desconhecido, experimente, arrisque, nestas horas, um tinto duriense pode ser uma boa escolha.
Concluindo uma região como a do Douro, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, merece esta e outras iniciativas voltadas para a promoção da qualidade dos seus produtos, e permitir que ela se expresse para o mundo através de 2 tipos muito diferentes de vinhos....

Ficamos por aqui, até breve, até o Alentejo....
“Nunc est bibendum”
Bacco a seu dispor

Obs : Outras “Quintas” durienses, Quinta do Côtto, Quinta da Gaivosa, Quinta da Leda, Quinta do Vesúvio, Quinta de Roriz,Quinta do Noval.....

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