quinta-feira, 9 de junho de 2011

"O mais português dos vinhos..."




Vinhos Verdes, o mais português....

Vinho verde não é propriamente verde, então cáspita porque este nome?
Alguns dizem que o nome vem do fato de haver muito verde na região, o que é a pura verdade, com altos índices de chuvas, a região se cobre de imensas áreas de vários tons de verde, um cantinho luso de uma natureza ímpar e de muita exuberância.
Castelos e ruínas romanas completam o cenário !
Já os enólogos afirmam que seus vinhos são conhecidos por verdes porque eles são elaborados para serem consumidos bem jovens, frescos, sub-maturados até, verdes entendeu ?
Na dúvida fique com as duas, quando o pragmático se associa ao romântico, a alma agradece............
“Vinhos Verdes” uma das regiões vinícolas mais antigas do mundo, tem sozinha 15% dos vinhedos de Portugal, é de longe a zona mais populosa do país, e também de onde partiu a maioria dos imigrantes que vieram para o Brasil !
Os tintos com forte expressão regional são na sua maioria rústicos, ácidos, e um pouco adstringentes (raspam demais para nosso gosto), quase sempre acompanham o bacalhau e as sardinhas na brasa, uma especialidade adorada por lá (prefira os brancos)
Os brancos são límpidos, secos, frescos, suaves, pouco alcoólicos, levemente frisantes (agulha), fáceis de beber, fáceis de gostar,acredite..
Continuando então, o vinho verde que na verdade não é verde, é branco!, mas pode ser tinto também ?,é produzido na região chamada de Vinhos Verdes....hum.....peguei, tá legal....
Agora que você já sabe que os vinhos verdes que na verdade são brancos ou tintos e são produzidos na região de Vinhos Verdes, localizada no extremo norte de Portugal, fique sabendo que ela também é conhecida pelo nome de Entre-Douro-e-Minho, sabe porque ?
Esta é fácil, a região é limitada ao norte pelo rio Minho e ao sul pelo rio Douro, nada melhor e mais direto do que chamar a região de Entre ....coisa e tal, jeito de português, não tenha dúvida
Pega essa agora, alvarinho, avesso, azal, batoca, loureiro, arinto, rabigato, lameiro, esganoso, pintosa,.....pintosa !?, padeiro, sousão..epa !, doçal, rabo-de-anho,vinhão, verdelho... ......
Quem arriscou uvas ancestrais nativas (autóctones) pimba, a c e r t o u !
Esta é a beleza da coisa, estes vinhos absolutamente singulares, típicos ,elaborados com uvas nativas, perfeitamente adaptadas,nos dão a excelente oportunidade de deixar de lado por um momento os internacionais “chardonnay’s” e “sauvignon blanc’s” de sempre, e apreciar bons vinhos regionais ....que tal ?
Os brancos produzidos com a casta alvarinho são os mais celebrados, embora outros de loureiro, trajadura, arinto e avesso, também merecem destaque ( a indicação está no rótulo, é fácil de reconhecer )
O mais conhecido Vinho Verde ainda é o Casal Garcia, não há nada que eu possa fazer a este respeito, e embora ele ainda tenha seu fã-clube fiel, eu recomendo fortemente buscar alternativas mais modernas, vinhos de elaboração mais complexa, que certamente podem te oferecer um prazer maior.
O Palácio da Brejoeira já foi o tal, continua muito bom, mas hoje tem outras boas companhias, Alvarinho Deu la Deu, Alvarinho Muros Antigos, Muros de Melgaço, Alvarinho Soalheiro, e mais Alvaianas, Andreza Loureiro Escolha, Follies Alvarinho, Alvarinho Portal do Fidalgo, Quinta da Lixa Alvarinho, Senhoria Alvarinho Trajadura, Quinta do Amel Escolha, Quinta do Ameal Arinto, entre outros.......
Na próxima oportunidade, quando você for escolher um vinho branco para acompanhar seu peixe predileto, peça um verde !!

Ficamos por aqui, até breve..."nunc est bibendum"
Bacco a seu dispor.......................................

thanks : NovaCrítica-vinho,Jancis,Amarante,Viotti,..

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