E o cataclísmico “Dilúvio” pode explicar, olha o Dilúvio aí outra vez minha gente! ( Bíblia, Épico de Gilgamesh..)
Há cerca de 5.600 a.C o que hoje é o Mar Negro, outrora era um lago de água doce, pequeno, mas que abrigava ao redor das suas férteis margens diferentes povos com culturas e idiomas próprios.
Um verdadeiro oásis no meio de uma região reconhecidamente árida.
Em um determinado momento da história, seu vizinho maior, mais forte e, crucial, situado em um nível mais alto do que o pequeno lago resolveu invadi-lo sem a menor cerimônia, sem aviso prévio, o Mediterrâneo avançou sem pedir licença, morria aí o doce pequeno lago, nascia o salgado grande Mar Negro, acho que é a melhor explicação para o Dilúvio.
Os sobreviventes da inundação migraram para todas as direções e não só levaram nas suas memórias o relato da grande catástrofe traduzida nas suas mais diversas versões, como seu idioma, sua cultura e também seu conhecimento sobre o vinho!
À partir deste cenário a história do vinho começa a ser contada com as primeiras descobertas nas zonas montanhosas do Crescente Fértil. (cap. II)
Não sabemos muito sobre a evolução à partir daí, mas é certo que as decisões humanas e o meio ambiente foram determinantes, evidências mostram que em 3.000 a.C embora o clima fosse diferente em relação aos dias atuais ( mais úmido ) os limites ecológicos da viticultura já eram muito parecidos com os de hoje.
Como seria o vinho daquela época? e o paladar das pessoas?, os primeiros deviam ser menos alcoólicos, uvas silvestres têm metade do açúcar das cultivadas, eram misturados com ervas, mel,..??, sobraram apenas as ânforas para nos contar a história.
O palatável de 3.000 a.C seria intragável hoje? Muito provável..., mas era Vinho isso é o que importava no momento, a viticultura já naquela época podia ser considerada uma atividade complexa que comportava decisões sociais, econômicas e principalmente culturais.
Até breve, Bacco a seu dispor
Ref : ‘Uma Breve História do Vinho” – Rod Philips
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