“ Os barcos que descem o rio até a Babilônia são redondos e feitos inteiramente de couro. Com os salgueiros da Armênia, ao norte da Babilônia, fabricam as balizas da armação, sobre elas estendem o couro, pelo exterior, para que sirva de casco, não fazendo distinção entre proa e popa.Tais embarcações construídas à imitação de escudos, são em seguida carregadas com junco e usadas para transportar rio abaixo pipas de vinho feitas com lenho da palmeira. Todas levam um asno a bordo, as maiores até mais de um, pois quando chegam à Babilônia e entregam sua carga, vendem as balizas e o junco, carregam o asno com o couro e começam o caminho de volta por terra para a Armênia, já que não conseguem subir o rio e vencer a correnteza contrária. Uma vez chegando ao destino, começam tudo de novo.” - ( Herótodo, historiador grego – 500 a.C ! )
A Mesopotâmia em 3.000 a.C, mais ou menos o Iraque atual, devia beber muita cerveja, historiadores a consideram a Baviera da antiguidade, mas conheciam bem o vinho, ainda que raro, e as classes mais ricas das cidades de Ur, Kish e posteriormente Babilônia, o bebiam com muito prazer em várias ocasiões.Situada entre os clássicos rios Eufrates e Tigre, plana, quentíssima, árida, certamente não produziam seu próprio vinho, ou pelo menos um que agradasse ao paladar dos nobres, então importar era a solução, e os Armênios estavam lá para isso, e com criatividade além de tudo.
Com raras exceções, o Líbano talvez a Turquia, todos sabemos que as fronteiras vinícolas estão bem longe do que é hoje o Oriente Médio, onde evidentemente além do Islã, as preocupações são outras...
“Nunc est bibendum”, que tal um Château Musar, direto do vale do Bekka!!
Até breve, Bacco a seu dispor.........
Ref: Hugh Johnson – “A história do Vinho”
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