segunda-feira, 27 de maio de 2013

Rapidinha - Suco de Uva!

Suco de uva é coisa de gente grande, (e de gente pequena também.)

Um suco 100% integral tem só uva, nada de água, nada de açúcar.
Por ser totalmente natural, precisa de todos cuidados possíveis durante sua fabricação, errou não tem conserto....
Você sabe qual a fruta mais plantada do planeta? laranja !, belo palpite companheiro, a laranja é muito plantada e seu suco muito consumido, mas a fruta mais plantada do planeta é a ...uva!
O suco integral de uva  brasileiro está melhorando muito em qualidade, o investimento é grande, é coisa séria, coisa de gente grande...
Esqueça por um momento a Cabernet Sauvignon, a Merlot, aqui quem manda é a Bordô, a Concord, a Isabel, a Niágara, as chamadas “uvas de mesa”, mais estáveis mais saborosas quando o assunto é suco.
O sucesso do suco “respinga” no sucesso do vinho, respeita-se a verdadeira vocação das “uvas de mesa”, garante a fonte de renda de muitas famílias que as cultivam, e o nosso vinho brazuca passa a ser produzido só a partir de “viníferas”, beleza, cada coisa no seu lugar, melhor impossível.

“Nunc est bibendum”, tome um suco de uva hoje companheiro.
Até breve, Bacco a seu dispor

Nota : sucos bem avaliados em uma degustação com participação também de crianças – Aurora, Casa de Bento, Da Casa, Quinta do Morgado, Aliança, Casa Madeira,Garibaldi, Vistamontes...
Fonte : diVino-Sabores.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

EpC - "Esse é pra Casar"

Um “Clássico”, a melhor definição para este vinho da tão gigante quanto tradicional Viña Santa Rita. Seus famosos vinhedos de Cabernet Sauvignon no Maipo garantem a qualidade estável deste vinho, ano após ano, safra após safra, esta de 2008 não é uma exceção, está ótima!


Santa Rita Medalla Real – Gran Reserva
Cabernet Sauvignon – 2008
Valle del Maipo - Chile.
Acl. = 14,5%.


A cor atraente de um vermelho rubi brilhante com reflexos violáceos, é o primeiro convite para beber esse vinho, aí você então bebe, e o prazer é um só, acidez na medida certa, álcool bem integrado, taninos finos e macios, tudo contribuindo para uma elegância e uma harmonia merecida. Um final longo enfileirando frutas negras, cassis e ameixas, tostado, cedro, alcaçuz,além de um leve toque herbáceo.........enfim um vinho muito gostoso em sua totalidade.
Comprei na Gran Cru em Curitiba sempre bem assistido pela Márcia, na época paguei R$88,00, agora está um pouco mais, infelizmente....

“Nunc est bibendum”: recomendo, um 2008 que pode melhorar ainda mais, se você tiver paciência para isso.
Até breve, Bacco a seu dispor.









domingo, 12 de maio de 2013

Rapidinha "Mãe é Mãe"

“Mãe é Mãe e Vice Versa”........
                                                        

sábado, 11 de maio de 2013

EpC - "Esse é pra Casar"

A Syrah é antiga como muitas outras cepas, e para mim é tão nobre e complexa como a Cabernet Sauvignon, e melhor, já não está tão restrita à França ( Rhône Norte,sua casa) e à Austrália ( Hunter Valley, Barossa..). Por aqui Chile e depois Argentina já produzem bons vinhos de Syrah, o Benegas é um deles. A velha Syrah quem diria, está na moda!

BENEGAS.
State Vineyards.
Syrah – 2008
Mendoza – Argentina.
Acl. = 14,5%.

Rubi intenso, escuro, aromático, robusto, potente, carnudo, cheio de personalidade, com boa tipicidade, apimentado e terroso, além de nítidas frutas negras maduras, um final longo o suficiente para ficar na sua memória.
Comprei na Adega Boulevard em Curitiba, na época paguei R$90,00.

“Nunc est bibendum”, recomendo, um 2008 bom agora e melhor ainda dentro de mais alguns anos.
Até breve, Bacco a seu dispor.







segunda-feira, 6 de maio de 2013

DDD-Bacco nº14 "Bactérias & Leveduras"

Duvidas Devidamente Degustadas

Assim que as leveduras terminam seu turno e a fermentação alcoólica está concluída, as bactérias que ficaram quietinhas até este momento fingindo se de mortas, entram em ação, tem início a fermentação malolática, beleza!
Claro que tem muita bactéria neste mundo, algumas muito nocivas a nós, outras nem tanto, outras ainda totalmente inofensivas, este é o nosso caso, não quero ver ninguém desistindo de beber vinho porque ele contém bactérias......
Vamos nos ater a duas delas, as bactérias lácticas, adoram ácido málico, gosto este que resulta na “malolática”, ou seja a transformação do ácido málico (gosto de fruta verde) em ácido lático (gosto mais agradável, lácteo) , e o vinho tinto agradece.
Acontece que temos também as bactérias acéticas, estas gostam mesmo é do álcool, aqui o resultado final é o “avinagramento” do vinho, nada bom companheiro, temos que evitar que estas folgadas façam suas lambanças no nosso mosto-vinho. Dica? evite a qualquer custo o contato das espertinhas com o oxigênio e pronto, o problema está resolvido, todo enólogo conhece bem estes tipos e sabe como controlar a situação durante o processo.
Então, apesar da fermentação malolática, guarde este nome, acontecer de forma natural após a fermentação alcoólica, ela precisa ser conduzida de perto pelo enólogo, que controla os níveis de ácido málico, de ácido láctico, de ácido acético, de álcool, além da adição de anti-sépticos, (o SO2 que sempre aparece mencionado nos rótulos), para que no final da história, não se tenha mais atividade bacteriana no mosto.
Os bons vinhos tintos passam com certeza pela fase da malolática, os brancos nem sempre, o melhor quase nunca.
Nos tintos a malolática transfere aromas lácteos, amanteigados, agradáveis, gostosos, além de tornar o vinho mais “macio”, perde-se um pouco dos aromas das frutas, a sensação de frescor é menor ( menor acidez ) mas o resultado final é quase sempre positivo.
Nos brancos onde acidez/frescor são sinônimos de qualidade, é preciso cuidado, a malolática pode fazer com que você sinta o vinho um pouco enjoativo, lácteo demais, amanteigado demais, frutado de menos, fresco de menos,...etc, etc......
Tem muito “Chardonnay” da Califórnia principalmente produzido assim, com a malolática presente, experimente, compare com um Chablis por exemplo e sinta as diferenças, elas estão lá.

“Nunc est bibendum”, adeus leveduras e bactérias, vamos ao vinho....saúde!
Até breve, Bacco a seu dispor.

Ref : Euclides Penedo Borges “ABC Ilustrado da Vinha e do Vinho”



quarta-feira, 1 de maio de 2013

DDD-Bacco nº13 - "Leveduras & Bactérias"

Dúvidas Devidamente Degustadas

As uvas nascem, crescem, amadurecem e......apodrecem, isso se nada for feito para alterar o ciclo da vida.
É aí, graças a Deus! que entra em ação o tal “fenômeno da fermentação”, simplesmente a marca registrada da elaboração de um vinho, sem fermentação nada de vinificação.
Ufa!, salvos por insignificantes microorganismos, leveduras e bactérias, no mínimo curioso...
A primeira participa da tumultuosa fermentação alcoólica, tendo como resultado o álcool como o próprio nome denuncia, já as outras, as bactérias, dão cabo da fermentação malolática, nome que explica a transformação do ácido málico em ácido láctico, uma contribuição positiva para o gosto final do vinho, bactéria sangue bom essa daí!
As leveduras também são conhecidas como fermentos, do latim “fervere” = ferver, a expulsão do gás na fermentação dá a impressão de que o mosto esta em ebulição, é o tumulto!
E são impossíveis estas leveduras, é preciso um bom enólogo para dominar a situação e evitar o caos que elas podem provocar
Tá certo, amassar os cachos e deixar para lá, o suco fermenta e vira vinho, mas que vinho companheiro?
O enólogo precisa conhecer a forma e a atividade das leveduras com profundidade, saber incentivar as úteis a trabalharem, evitar que o bando das nocivas, também presentes, estraguem a brincadeira, conhecer o potencial das boazinhas, e então colocar o mosto nestas condições e sair para o abraço.
Invisíveis a olho nu, um microscópio é indispensável, as leveduras elípticas ( bola de futebol americano) de nome complicado, “ saccharomyces ellipsoideus” leia e esqueça, não vai ajudar a gostar mais ou menos do vinho, são as melhores amigas do produtor neste momento, consomem o açúcar do mosto, produzem álcool e exalam gás carbônico como ninguém, uma maravilha diria o enólogo mais empolgado.
Produtores corajosos em nome do vinho natural, só utilizam leveduras selvagens, aquelas que habitam as cascas das uvas, legal mas perigoso, o processo de fermentação pode sair do controle,e aí bau, bau amigo, vinho de qualidade só na próxima fornada!
A maioria encomenda a velha e conhecida “saccharomyces” e adquirem o direito de antever os resultados com mais segurança.
Danadinho este microorganismo, unicelular, invisível, de vida curtíssima, mas reprodução rapidíssima, com formas distintas, ovo, bola de futebol americano, limão, ou salsicha, e capaz de fazer estragos enormes, para o bem e para o mal, muito respeito neste momento, tchau.
Bacco, e as tal bactérias sangue bom? Fica para a próxima companheiro, ok?

“Nunc est bibendum” Deus, salve a fermentação controlada.
Até breve, Bacco a seu dispor.

Ref : Euclides Penedo Borges, Dirceu Vianna Junior & José Ivan Santos