segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um paraíso vinícola


“Quando nos anos 70 o espanhol Miguel Torres declarou que o Chile era “Um paraíso vinícola” as suas palavras serviram de inspiração a uma nova geração de produtores, em um país que na naquele momento convivia com um declínio da sua industria do vinho”

Miguel Torres estava certíssimo, senão vejamos :
A diversidade dos solos é estupenda, calcários, argilosos, arenosos, graníticos, de turfa, vulcânicos, e tantos outros formados pela mistura de um mais tipo de solo, uma festa para os viticultores.
A “filoxera” devastou vinhedos mundo afora, no Chile ela pràticamente não existe, ou melhor, não encontra condições de sub- existência.
Conseqüências disso, a existência de cepas de mais de 100 anos! e plantio em “pé-franco”, sem necessidade de enxertias, especialistas afirmam que isto resulta em maior vigor da videira.
A água é pura e cristalina, não vem da chuva, que é bem escassa, e sim do degelo dos Andes, e cabe ao atento chileno usar toda a tecnologia possível para utilizá-la de forma correta.
Chove menos do que o necessário, seria um problema se os chilenos não tivessem encontrado soluções técnicas para tal
Por outro lado, pouca chuva principalmente na época da colheita, significa fruta sã e madura, no caminho certo para um bom vinho.
É bom sempre lembrar, vinho de qualidade nasce no campo.
Verão seco e quente não dá oportunidade para fungos e outras pragas, ai que inveja cara......
Barreiras naturais abraçam as regiões vinícolas e cuidam para que as videiras sejam as mais saudáveis possíveis, Atacama, Glaciares, Andes, Pacífico, não é pouca coisa, não se encontra em qualquer lugar, em nenhum lugar eu acho.
Com tamanha proteção, culturas orgânicas e práticas biodinâmicas parecem brincadeira de criança, e elas estão na moda.
O enorme gradiente térmico entre dia (quente) e noite (fria) permite que as uvas acumulem açúcares em abundância, além de uma gama diversificada de aromas e sabores.
Esta natureza coberta de privilégios, coloca o Chile como uma fonte sem fim de vinhos de qualidade, alguns de alta qualidade e prestígio internacional.
Soma-se a isso a tendência mais do que atual dos modernos produtores chilenos em buscar vinhos cada vez mais interessantes, vinhos que reflitam a verdadeira expressão das uvas utilizadas, e naturalmente dos seus inúmeros “terroir”
Independente destas virtudes todas, ou até por causa delas, o Chile é o exemplo a ser seguido, por todos do Novo Mundo, estando ou não próximo às suas fronteiras.
Respeito pelas tradições, mas com a alma e a mente sempre voltada para o futuro
“Nunc es bibendum” – Hoy es hoy, ayer se fue, no hay dudas – Pablo Neruda.
Até breve, Bacco a seu dispor

Thanks, Larousse,André Dominé

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