sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vada a bordo...Vada a bordo....


Cáspita, como eu me despeço da Itália, com direito a “bacione” e nem sequer mencione o Piemonte ??!!
Logo o Piemonte, junto com a Toscana, as duas principais regiões vinícolas italianas.
Grandes encontros “Baccianos” durante as férias podem ter mexido com a minha memória, só pode ser isso.
Ok, volto a bordo então, mais precisamente aos pés dos Alpes, Piemonte entendeu? Legal!
Terra da fantástica Nebbiolo, a uva do Barolo, do Barbaresco e do Nebbiolo d’Alba.
Ah! o Barolo, considerado um dos melhores vinhos do mundo, mesmo tendo que esperar por 15 anos para abrir uma garrafa, e ainda assim dar de cara com um vinho jovem, tânico, raspando um pouco, ácido, e ...decepcionante, um legítimo Barolo!!??
Um vinho para poucos e pacientes apreciadores, que esperavam ( quando não morriam antes ) 20, 30 anos para chamá-lo de magnífico.
Segundo Eduardo Viotti, um exercício de “zen budismo etílico”
A boa notícia é que parece que alguns bons produtores com uma visão moderna de mercado, estão produzindo bons Barolos para serem apreciados com 5, 6 anos, vinhos para os simples mortais como nós, desde que dispostos a colocar a mão no bolso é claro, e deixar entre R$300 e R$400 por uma garrafa.
Enquanto você não se decide, comece com um Barbaresco, mesma uva, mesmo carinho, naturalmente menos complexo, porém sem perder a elegância, e em muitos casos mais fáceis de serem apreciados.
Ambos estão naquela categoria dos vinhos mais finos da Itália e do mundo.
O Piemonte nos oferece também a delicada Dolcetto, origem de vinhos leves, jovens, frutados, e secos e não doces como sugere o nome da uva.
Tem também a Barbera, uma intermediária entre as duas Nebiolo e Dolcetto, cujos vinhos, principalmente o Barbera d’Alba estão entre os mais consumidos na região.
Por falar em Alba, a cidade é reconhecida como sede do movimento gastronômico denominado “slow food”, algo que curto mais do que realmente conheço
Vejamos, o movimento destaca a arte de cozinhar ( não sei ) e comer (sei ) lentamente ( não sei), e desta forma, aproveitar ao máximo todas as propriedades nutritivas de um prato ( excelente ) e degustá-lo plenamente ( ideal )
Imagina você o tamanho do prazer que se consegue aliando a arte de degustar um vinho com a prática do “slow food”, uma viagem ao Olimpo, não tem preço.
O centro da vinicultura piemontesa é Asti, este nome nos remete ao espumante “docinho”, “gostosinho”, o predileto de muitos, Moscato d’Asti, estilo mais do que difundido por aqui com nossos infindáveis Moscatéis estilo Asti, também com um público muito fiel.Alô doçura!!!!
Este é o Piemonte gente, do espumante docinho ao portentoso Barolo, merece todo nosso respeito
‘Nunc est bibendum”, missão cumprida,salve Gregório de Falco.
Até breve, Bacco a seu dispor.

Thanks : Viotti, Gasnier...........................................Elis

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