“ Você pode comprar terras quando quiser, mas tempo é impossível. Por isso um vinhedo antigo é inestimável” (G.Gaja – produtora)
O “tempo” acompanhado de sua extensa e complexa implicação, pode ser considerado o fator determinante para explicar as diferenças entre os vinhos do Velho Mundo e do Novo Mundo.
Por melhor que ele seja, aquele ícone chileno de carmenènére , aquele potente argentino de malbec , aquele elegante australiano de shiraz , ou aquele intenso americano de cabernet sauvignon , e acredite, a verdade é que eles podem e são muito bons mesmo, eles não carregam ( e nem podem) um décimo do peso da cultura,da tradição, e da paixão contida em um Bordeaux francês, um Rioja espanhol, um Chianti italiano, ou um Douro português
E esta distinção só pode ser explicada pelo apelo visceral que esta bebida mágica provoca nos seus apreciadores, muito além da qualidade em si, qualidade esta diga-se de passagem, cada vez mais é algo que não se discute, seja de onde venha o bendito vinho......
A bebida preferida na economia mundial à partir de 70, consolidou-se definitivamente nos 90, e aí com méritos indiscutíveis para os produtores do Novo Mundo
Abusando da sinceridade, bebo um Novo Mundo orgulhoso de toda tecnologia agregada ao vinho, do pragmatismo do produtor moderno, do impressionante progresso conseguido por eles em exíguos e insignificantes 40, 50 anos, e porque não do marketing inteligentemente utilizado para atrair (e prender) o consumidor
Mas a magia da história, das tradições, da cultura, da entrega e do amor pelo vinho, tudo isso junto e muito mais , você vai encontrar no verdadeiro lar desta bebida tão apreciada nos últimos tempos , a Europa é claro...................
Em 750 aC os gregos trouxeram o vinho para onde hoje estão França, Itália, e Espanha !
Na Idade Média foi a Igreja a responsável pela preservação e evolução do vinho, ao lado dos seus mosteiros nasceram os grandes vinhedos da Europa
Muito além do “Sangue de Cristo”, os beneditinos eram alegres consumidores de vinho : “levantavam-se das mesas com suas veias inchadas de vinho e suas cabeças pegando fogo”
É de 1224 a primeira degustação internacional, o juiz era um padre inglês !
Shakespeare particularmene inspirado escreveu: “ um maravilhoso vinho penetrante, que perfuma o sangue antes que alguém possa perguntar : o que é isto ? ( com certeza não estava falando de um vinho chileno ou argentino...)
No século XVII a concorrência de novas bebidas, café, chocolate, chá, e cervejas mais estáveis, tirou o vinho da sua posição confortável de única bebida saudável e confiável (substituía a água nos grandes e poluídos centros urbanos), e o colocou na estrada, na direção do aprimoramento.
O vinho que bebemos hoje, seja do Velho ( França, Espanha, Itália, Portugual, Alemanha,.....) ou do Novo Mundo ( USA, Austrália, NZ, África do Sul, Chile, Argentina, Brasil.....) é justamente o resultado de todos estes anos de procura pelo melhor, mas evidentemente, sem perder a paixão por um instante se quer !
É por aí, este é o caminho da fascinação pelo Mundo do Vinho, agora abra sua garrafa, solte sua imaginação, curta sua fiel companhia,tenha atitude..., vá em frente e aproveite cada minuto destes momentos únicos
É isso então, “nunc est bibendum”
Até breve, Bacco a seu dispor.......................
Thanks : Jancis Robinson....
O “tempo” acompanhado de sua extensa e complexa implicação, pode ser considerado o fator determinante para explicar as diferenças entre os vinhos do Velho Mundo e do Novo Mundo.
Por melhor que ele seja, aquele ícone chileno de carmenènére , aquele potente argentino de malbec , aquele elegante australiano de shiraz , ou aquele intenso americano de cabernet sauvignon , e acredite, a verdade é que eles podem e são muito bons mesmo, eles não carregam ( e nem podem) um décimo do peso da cultura,da tradição, e da paixão contida em um Bordeaux francês, um Rioja espanhol, um Chianti italiano, ou um Douro português
E esta distinção só pode ser explicada pelo apelo visceral que esta bebida mágica provoca nos seus apreciadores, muito além da qualidade em si, qualidade esta diga-se de passagem, cada vez mais é algo que não se discute, seja de onde venha o bendito vinho......
A bebida preferida na economia mundial à partir de 70, consolidou-se definitivamente nos 90, e aí com méritos indiscutíveis para os produtores do Novo Mundo
Abusando da sinceridade, bebo um Novo Mundo orgulhoso de toda tecnologia agregada ao vinho, do pragmatismo do produtor moderno, do impressionante progresso conseguido por eles em exíguos e insignificantes 40, 50 anos, e porque não do marketing inteligentemente utilizado para atrair (e prender) o consumidor
Mas a magia da história, das tradições, da cultura, da entrega e do amor pelo vinho, tudo isso junto e muito mais , você vai encontrar no verdadeiro lar desta bebida tão apreciada nos últimos tempos , a Europa é claro...................
Em 750 aC os gregos trouxeram o vinho para onde hoje estão França, Itália, e Espanha !
Na Idade Média foi a Igreja a responsável pela preservação e evolução do vinho, ao lado dos seus mosteiros nasceram os grandes vinhedos da Europa
Muito além do “Sangue de Cristo”, os beneditinos eram alegres consumidores de vinho : “levantavam-se das mesas com suas veias inchadas de vinho e suas cabeças pegando fogo”
É de 1224 a primeira degustação internacional, o juiz era um padre inglês !
Shakespeare particularmene inspirado escreveu: “ um maravilhoso vinho penetrante, que perfuma o sangue antes que alguém possa perguntar : o que é isto ? ( com certeza não estava falando de um vinho chileno ou argentino...)
No século XVII a concorrência de novas bebidas, café, chocolate, chá, e cervejas mais estáveis, tirou o vinho da sua posição confortável de única bebida saudável e confiável (substituía a água nos grandes e poluídos centros urbanos), e o colocou na estrada, na direção do aprimoramento.
O vinho que bebemos hoje, seja do Velho ( França, Espanha, Itália, Portugual, Alemanha,.....) ou do Novo Mundo ( USA, Austrália, NZ, África do Sul, Chile, Argentina, Brasil.....) é justamente o resultado de todos estes anos de procura pelo melhor, mas evidentemente, sem perder a paixão por um instante se quer !
É por aí, este é o caminho da fascinação pelo Mundo do Vinho, agora abra sua garrafa, solte sua imaginação, curta sua fiel companhia,tenha atitude..., vá em frente e aproveite cada minuto destes momentos únicos
É isso então, “nunc est bibendum”
Até breve, Bacco a seu dispor.......................
Thanks : Jancis Robinson....
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