Quem é o melhor? Quem faz o melhor vinho? A resposta está nos números? Será que é assim fácil responder? Vamos tentar juntos? De qual você gosta mais?
Juntos eles têm mais da metade do nosso mercado de vinhos, um mercado de R$ 292 Milhões (FOB) e quase 8,5 milhões de caixas.
O Chile firme na liderança com 35% delas, a Argentina cresce e hoje tem 23% das caixas que chegam ao Brasil. Em valores, a fatia destes milhões que pertence ao Chile é de 30%, a da Argentina 22%.Os especialistas dizem que o bom vinho começa no campo, a velha teoria do “terroir”, ambiente, localização, clima, solo, cuidados.....etc. Os dois correm lado a lado, mirando-se o tempo todo, Santiago está a 50 min. de vôo de Mendoza, mas tem um detalhe, o que os separa é só a cordilheira dos Andes! no seu trecho mais alto!
Conclusão: dois pólos opostos quanto à sua natureza, ou então um “terroir” distinto para cada um. Diferentes nas suas características, mediterrânico para um entre o Pacífico e os Andes, desértico para o outro escondido pelos mesmos Andes, mas com a graça das altitudes, a mãe natureza cuida dos dois com o mesmo carinho, ambos abençoados como nunca por Baco. Empate técnico!
Estes mesmos especialistas gostam de valorizar os recursos tecnológicos empregados nas adegas, e o nível de conhecimento dos enólogos e suas técnicas utilizadas na elaboração do vinho, e coisa e tal.Inicialmente as barreiras e as dificuldades eram as mesmas para os dois, organizações familiares, algumas centenárias, cultura e tradição arraigadas, peso da história do vinho em cada país ( igualzinha !), apesar do bom consumo interno, o forte gosto popular pelo vinho corrente de uva rústica não vinífera, a necessidade de buscar outros mercados para crescer efetivamente.......etc. Empate técnico!
O Chile começou a olhar para a modernidade um pouco antes da Argentina, por volta de 80 importou tanto tecnologia como conhecimento, arejando sua industria vinícola, os hermanos começaram depois mas foram extremamente competentes, igualando o placar já no início dos anos 00. Empate técnico!
Os dois optaram pela estratégia de apresentar ao mercado a sua “cepa emblemática”, sua “uva ícone”, estão aí para todos verem e apreciarem, cada uma com seu reconhecido potencial, a Carmenére e a Malbec. Empate técnico!
Os dois usando e abusando das suas diversidades de solo e clima, adaptaram em suas distintas regiões uma grande variedade de uvas, extraindo de cada uma delas vinhos de qualidade, Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Pinot Noir, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Viognier,....etc. Empate técnico!
O “isolamento” dos dois, mesmo que de forma distinta, os protege de forma igual de pragas e fungos, ponto para a cultura de vinhos orgânicos e biodinâmicos. Empate técnico!
A necessidade de ambos terem que atingir públicos e mercados tão distintos como Brasil , EUA, China, os leva igualmente a produzir toda a gama de vinhos, “ frutados simples honestos e baratos”, aqueles que vemos com mais frequência nas prateleiras do supermercado, os chamados “reservas”, alguns de excelente custo x benefício,e os finos “gran reservas” ícones caros de reconhecida alta qualidade. Empate técnico
Ok, o Chile tradicionalmente tem uma economia mais organizada (Cristina Kirtchner ninguém merece!),mas acho que aqui o que vale mesmo é a garra e a determinação do produtor de vencer obstáculos e alcançar o sucesso,(será um exemplo para os brazucas?) eu não vejo diferença entre eles. Empate técnico
E aí companheiro? Quer palpitar? Qual é o melhor? De quem você realmente gosta mais? Porque? Aguardo sua resposta!
“Nunc est bibendum” – e o Brasil Bacco? Bem....somos penta!
Até breve, Bacco a seu dispor.
Thanks : Viotti, Amarante, Jancis, Revista Adega.
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