domingo, 14 de agosto de 2011
Até breve Portugal!
“ao gozo segue a dor, e o gozo a esta
Ora o vinho bebemos porque é festa
Ora o vinho bebemos porque há dor
Mas de um e de outro vinho nada resta”
Fernando Pessoa
De volta a Portugal para dizer até breve......mas já com saudades.
Depois do Douro (os dois), Vinhos Verdes , Alentejo, e antes do Dão, Bairrada, Setúbal, e demais regiões, quero falar um pouco sobre o sentimento que se instalou em mim sobre o Portugal dos dias de hoje.
Neste meu retiro lusitano, lendo, estudando, conhecendo, e bebendo seus vinhos, de alguma forma cheguei muito mais perto de Portugal agora do que naqueles tempos idos, onde tínhamos que aprender sobre o país e seus personagens, do descobrimento à proclamação da república, nas intermináveis aulas de História da professora Januária ( saudades da Janú ).
Conheci Cabral, Caminha, Cubas, o Brás, o Infante, o Anhanguera, a dupla Nóbrega e Anchieta, Afonso de Souza, o Martin, D. João, a louca D.Maria, os Pedros, Isabel e seu Conde, o velho Bonifácio, e tantos outros, sem adquirir o devido respeito ou admiração por qualquer um deles, ou pela sua trajetória. ( mea culpa !?)
Quantas vezes me peguei torcendo pelos holandeses.
Passados quase meio século daqueles dias de colégio Olavo Bilac (salve prof. Everardo), este meu nascente interesse pelo mundo do vinho e tudo mais que ele agrega, colocou Portugal ,os portugueses, e uma parte das suas tradições e cultura no meu caminho novamente.
E junto com esta experiência um sentimento gostoso de admiração (até então inédita), ungido pelo esforço conjunto de uma nação para colocar a marca Portugal em evidência, numa clara intenção de se mostrar para o mundo como um país produtor de vinhos de qualidade. (.....“Wines of Portugal, uma iniciativa de 75 milhões de euros para promover o vinho nacional fora do espaço comunitário,.......)Repetindo a “wine master” Jancis Robinson, o mundo do vinho de hoje é muito mais do que história e tradição, as pessoas bebem só o que gostam, só pagam pelo que realmente acham que vale, e exigem qualidade, e me parece que nossos patrícios estão atentos para isso.
O vinho europeu de melhor relação qualidade preço vem de Portugal.
Para mim em especial, o prazer que sinto hoje ao beber um vinho português extrapola sua qualidade intrínseca, ele vem carregado de um sentimento diferente, de uma emoção nova de estar (re) descobrindo quem justamente nos descobriu, são nossos profundos e históricos laços culturais aflorando de uma maneira distinta, uma admiração emotiva que me enche a alma.
Bacco, e o Dão, Bairrada, Setubal, Tejo, como é que fica ?
Paciência, vai ter que ficar para a próxima, são muitas as emoções ( epa! )
“A emoção da admiração é a base do nosso desenvolvimento como pessoa” – de uma psicóloga que admiro muito
“Nunc est bibendum”
Bacco a seu dispor...........................
Thanks : (saudoso) Sergio de Paula Santos,Jancis,....Táta (!)
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Gostei do post. Em sintonia com o meu momento...aguardar para breve mais de portugal :) Bjs e Feliz Dia dos Pais!
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