domingo, 27 de outubro de 2013

Pontuação no "Esse é pra Casar"


“Rubi escuro, violáceo, aroma intenso e rico, com fruta muito pura e definida, cereja preta, cassis, figos, ameixas, notas florais, couro, azeitona, terra molhada, especiarias doces, perfil ao mesmo tempo quente e elegante, paladar encorpado mas sem exageros na extração, acidez moderada e equilibrada, 14,5% de álcool, taninos aveludados e ainda presentes. Pronto ou para mais 5 a 10 anos de guarda”
Ou:
“O Parker deu 95”
E aí companheiro, o que vai ser?
Qual destas duas “considerações” sobre o mesmo vinho lhe motiva mais, lhe dá mais segurança, tem maior influência na sua decisão de compra.
O vinho é o vinho e ocupa a posição de ocupa nas nossas mentes e mesas, merecida na minha opinião,   até porque nenhuma outra bebida tem a riqueza de estímulos que ele tem.
A insistência no uso e no entendimento do termo “degustação” (beber com atenção) não é nada menos do que uma tentativa de ajudar você a aproveitar da melhor maneira possível os estímulos olfativos e gustativos que o vinho lhe oferece.
Pensando assim, até que faz sentido o longo discurso acima, concorda?
Para mim faz todo sentido, eu adoro o desafio da busca pelos estímulos, e a recompensa pelo achado, por mínimo que seja, eu e o vinho nos tornamos amigos íntimos à partir deste momento de entrega mútua, e o prazer é inigualável.........
Ok maravilha, mas será que na era digital do SMS, do Face, do Twitter, ainda é possível desprezar a força e o resultado de uma rápida , objetiva, confiável, e certamente bem sucedida comunicação ?
Certamente que não, nem um leitor assíduo do Estadão como eu ousaria discordar da eficiência e da eficácia deste padrão de comunicação.
Não vamos passar a beber pontos, não é isso, mas podemos conviver com a cumplicidade das duas considerações, uma pitada de romantismo com um toque de pragmatismo eu diria.
É com base nessa crença que à partir de agora, no “Esse é pra Casar” além dos comentários habituais, Bacco vai acrescentar uma nota exclusivamente sua ao vinho apreciado por ele. Simples assim:
 
Bacco 80 – 84 = um “Bom” vinho, simples, frutado, bem feito, honesto em sua proposta, ótimo custo benefício.
Bacco 85 – 89 = um “Muito Bom” vinho, aromas definidos, boa tipicidade, equilibrado,  boa permanência, agrada a vários paladares.
Bacco 90 – 95 = um “Excelente” vinho, aromas e sabores complexos, textura e corpo presentes, equilibrado, final longo, gastronômico, capacidade de envelhecimento.
Bacco 96 – 100 = um “Espetacular” vinho, raro, fora de série, próximo da perfeição, nobre como poucos. 
 
“Nunc est bibendum”, é isso aproveitem ( thanks Lou Reed)
Até breve, Bacco a seu dispor.

obs: foto : Robert Parker...



   

 

 

domingo, 6 de outubro de 2013

EpC - "Esse é pra Casar"


Vira e mexe aparece um cara dizendo que encontrou um Bordeaux “bom & barato”. Desconfie companheiro, desconfie…
De todos os que eu provei e não foram poucos, (a curiosidade mata), esse até o momento foi o único que merece ser mencionado  aquí no EpC.
Ele já nasceu com potencial, seu produtor Denis Dubourdieu é autor de obras primas ( e caras ), em se tratando de tinto françês de Bordeaux, posso dizer que ele se encaixa na definição.

Château Reynon – 2009
Cadillac – Côtes de Bordeaux
Alc.= 14%

Um autêntico Merlot (85%), frutado, suave, macio, sedoso, com pinta de fortão, ajuda providencial da Cabernet Sauvignon (9%) e da Petit Verdot (6%), uma mescla trabalhada com extrema competência pelo produtor
Esse eu comprei na Queijos & Vinhos do Mercado Municipal de Curitiba, (acho que é distribuido pela Porto a Porto), e ainda pode ser encontrado na faixa de $100,00.

"Nunc est bibendum", aí está um bom & barato Bordeaux  que não decepciona , recomendo.
Até breve, Bacco a seu dispor.