São
mais de 350 anos produzindo vinho sem nenhuma interrupção relevante, e isso não
há como não levar em consideração quando pensamos no vinho sul africano, mesmo
reconhecendo que os fazendeiros não eram propriamente apreciadores da bebida,
preferiam um conhaque, e principalmente as sérias dificuldades enfrentadas pela
África do Sul ao longo destes mais de 3 séculos.
Em pleno século XX era mais conhecida pelos seus “sherries” e
vinhos brancos simples e baratos.Emergiu do apartheid, do pesadelo da discriminação racial, ainda dominada por cooperativas e dependente de uvas pouco expressivas como as brancas Chenin blanc e Colombard, ligadas a vinhos mais populares.
Ainda são maioria por lá, mas agora têm a companhia da Sauvignon Blanc e da Chardonnay, uma indicação de ganho de qualidade dos seus vinhos brancos.Os brancos aliás foram maioria até há pouco tempo, hoje com a ajuda das variedades de Bordeaux, os tintos são a atração do momento.
A mais emblemática casta da África do Sul é sem dúvida a comentada Pinotage, aliás mais comentada do que apreciada diga-se de passagem.
O próprio reconhecimento local das limitações da sua uva símbolo, uma combinação da famosa Pinot Noir com a desconhecida Cinsault, levou os produtores a criarem o que eles chamam de “Cape Blend”, um estilo oficialmente reconhecido que promove o corte da Pinotage com uma ou mais das principais castas francesas, Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah,...etc.
Para alguns “experts”, um blend que colocou a África do Sul no cenário mundial do vinho do novo Mundo, rivalizando com Austrália e Califórnia,.......... há controvérsias.
Eu sinceramente não sei se o atual nível tido como superlativo do vinho sul africano é fruto de um marketing eficiente e poderoso, ou se ele é mesmo uma realidade a ser respeitada, vou precisar beber mais vinho deles com certeza, faça o mesmo você.
“Nunc
est bibendum”, saúde, vida longa Mandiba.
Até
breve, Bacco a seu dispor